Participando do projeto Janela Literária, que se deu no início deste mês, na Biblioteca Municipal Monteiro Lobato, onde construí este blog, foi proposto a mim e aos colegas que criássemos uma história, cujo início nos seria dado. Cada um de nós tinha sua numeração, a data de envio e o e-mail para este fim. Éramos em 13 ou 14 pessoas, e, para que pudéssemos dar continuidade à história(da qual, posteriormente, seria feito um vídeo), teríamos que acompanhá-la diariamente através do blog www.o-literario.blogspot.com. O prazo que eu tinha para entregar minha parte se aproximava, e eu preocupada porque cada vez que o acessava, continuava tudo na mesma. Pensei: será que ninguém escreveu? Enfim, continuei por mim mesma. E não é que, além de mim, só havia uma participação? Fiquei espantada! Pensei: que falta de interesse dos demais! Mas quem sou eu pra julgar? Fato é que, mesmo não tendo conseguido acompanhar o raciocínio do colega, consegui dar sequência à história. Nem parece que foi feita separadamente. Fiquei muito feliz com o resultado. Acompanhem abaixo:





Era uma tarde nublada de outono, daquelas entediantes, cujas horas custam a passar. Parecia até que os ponteiros do relógio estavam de gozação comigo. Foi aí então que resolvi abrir um livro que estava dormindo em uma prateleira qualquer. Comecei a passar os olhos despretensiosamente pelas palavras. De repente elas foram tomando sentido e quando vi estava completamente absorvido pela história que aquele livro me contava… Seu enredo discutia a importância da leitura no sistema educacional. Abordava um variado tema de métodos, na busca de cultivar o hábito da leitura. Incentivando o gosto saudável pelas artes das letras. Seus estilos diversificados nos meio de comunicações, tais como revistas, jornais, livros, documentos e mesmo no mundo virtual, seu uso é constante, pois imprime as mais diversas formas. Como a leitura permite mexer com o imaginário, lembrei do primeiro livro que realmente gostei de ler, uma obra, cujo nome e autor ainda recordo, o livro era do falecido Érico Veríssimo com o título “As aventuras de Tibicuera”. Acredito que a partir desse momento, minha forma de pensar mudou e comecei, realmente, a entrar no mundo agradável da leitura, viajando por mundos da fantasia, da História, geografia, ciência e tantas outras formas de receber informações sem sair do meu quarto. Parecia que eu era um daqueles personagens, que havia entrado no livro. Como se já conhecesse todos os outros. Esqueci-me completamente de que era uma simples história. Como se, naquele momento, o mundo todo parasse à minha volta. Havia perdido a noção do tempo. Ah, como eu desejei que aquilo não terminasse. O que seria de mim. Voltaria ao mundo real. Ou mergulharia novamente em outra história que me cativasse. Que bom seria se a vida lá fora fosse assim! Mas a realidade é outra, muito mais cruel e desumana. Enfim, após tanto refletir, cheguei à seguinte conclusão: vou aproveitar a vida, pois passa muito rápido e, quando vemos, já desperdiçamos várias oportunidades. E comecei a fazer tudo que tinha vontade, a não levar a vida tão a sério, a ser mais alegre, curtir com os amigos. Tudo isso sem jamais esquecer as responsabilidades, o que é certo ou errado. Tornei-me uma pessoa bem diferente. Mais leve, de bem com a vida. Aprendi que temos que conviver com as imperfeições. Que não se pode mudar o mundo, embora cada um de nós possa fazer a sua parte para melhorá-lo. E que, quem não aceita as coisas como são, acaba se isolando e termina completamente sozinho, triste, sem alguém com quem contar. E todos, precisamos um do outro, com suas qualidades e seus defeitos. Pois cada um pensa de uma forma e todos, estamos aqui pra evoluir...